(Do alto do Arvrão, Vidigal, céu azul) (Do lajão da final feliz, céu mais azul) Do alto do Arvrão, Vidigal, céu azul Do lajão da final feliz, céu mais azul Pego o 778 em Madureira, sexta-feira Solto na praça de Honório e deixo o tempo passar Vou à pé de Barros Filho à Pedreira Porque num grupo de zap me bateram Que o Chaves vai lombrar De operação policial, cotidiano surreal E é por isso que eu marolo no Quitanda E fumo um beck sem demanda E segue a dança e deixa a gira girar Parto da Pavuna, a última estação Com o um vão entre a Pavuna e o meu coração Em tupi Pavuna significa buraco de escuridão Pago a tarifa do metrô na maior bolação E sigo pro morrão da Rocinha, mototáxi Prainha do Vidigas que aí tudo é só emoção Do alto do Arvrão, Vidigal, céu azul Do lajão da final feliz, céu mais azul Do alto do Arvrão, Vidigal, céu azul Do lajão da final feliz, céu mais azul Me perco à vera no horizonte que admiro daqui Parece até que céu e mar 'tão desejando se unir E a noite cai, e eu desço a Nieymer até o calçadão Na leblonização E logo penso: Eu não sou daqui, marinheiro só Mas ai de mim! Só que o melhor pra geral, até pra gente uó Daí eu olho pros menor de malabares no sinal E lembro na minha prima na filha do hospital Cidade insana, na moral Passo pelo Posto 12, a Farme A fome bate e não tem lanche por menos de dez real Daí eu vou pra General Osório Ó rio ilusório de amor e ódio de deuses e semideuses E seres simplórios inflamados de carnaval Do alto do Arvrão, Vidigal, céu azul Do lajão da final feliz, céu mais azul Do alto do Arvrão, Vidigal, céu azul Do lajão da final feliz, céu mais azul