Deste cais abandonado Todo mundo já partiu Até mesmo os velhos ratos Abandonaram o navio E hoje pende por um fio No vazio tão imenso Que os tambores silenciam No vão do tempo suspenso Eu mantenho a língua afiada Mastigando o vidro da ilusão despedaçada E assim invertem-se os papéis E assim que vão-se os dedos e ficam os anéis ♪ Colhe o que se planta E se faz por merecer Cada espinho que retira Pra se ver outro crescer E hoje pende por um fio No vazio tão imenso Que os tambores silenciam No vão do tempo suspenso Eu mantenho a língua afiada Mastigando o vidro da ilusão despedaçada E assim invertem-se os papeis E assim que vão-se os dedos e ficam os anéis