Eu grito pelo meu país Que finge Os absurdos tão normais Onde estou Eu desejei o teu lugar Quis agir da mesma forma Aqui todos são iguais! Impunidade usada pra vencer Comprada com seus votos E sua omissão Legislar ou pedir pão Não seja tão honesto Ou irá morrer! Se resignar e aceitar Se eles são apenas dez? Não terá o seu quinhão Tão sujo quanto o deles Normalidade! Senso Comum! (Me lembro com se fosse ontem do meu pai me falando Que o excesso de desejos pode nos conduzir à ruína Que o verdadeiro soberano governa porque sabe servir Mas eu cresci e vi os absurdos de uma sociedade doente Que glorifica o poder e exalta a serpente Racista, machista, incoerente Faces cansadas, necessidades inventadas pelas telas planas da mentira Eu desejei este lugar Quis agir da mesma forma Aceitar os mais iguais! Eu desejei o meu lugar Vou agir da minha forma Quero coisas mais reais! Não! Não quero o seu progresso provinciano Ou os hectares do teu eucalipto infecundo Nem a morfina audiovisual nos sofás de domingo Enquanto a indústria bélica patrocina novas guerras pelo mundo Por isso decidi não encher meus bolsos com areias e pedras Por isso me empenho na edificação do coletivo Por isso eu grito, choro e canto Por mim, por meus amores, amigos e irmãos E por todos que sofrem na América do Sul, no Brasil E no estado do Espírito Santo Tente conceber! Tente Vislumbrar! Que é tão igual quanto os Que odeia! Tudo isso vai mudar?