Qual suicídio, com pedras nos bolsos Deixei afundar de uma vez O retrato em que pintei minhas dores Com o próprio sangue Que dissolvi em mil lágrimas de ódio E com pincéis que fiz de meus dissabores Escuro breu me diz que agora vai Saciar pra sempre o que jamais se satisfaz É o inimigo eu sei e por ser tão ruim Me salva de minhas próprias injúrias Refúgio ingrato, apunhala de vez Essa crença maldita Que me rasga as víceras clamando vingança Por tudo aquilo que passou Por toda mágoa e rancor Qual adagas, cravadas em sua couraça Tal corpo fraco insiste em me suspender Sobre memórias de não sei bem quem É o inimigo eu sei e por ser tão ruim Me salva de minhas próprias injúrias ♪ Deixo-te escorrer com a água imunda Que caminha em direção ao final Nas bocas perdidas e calado Abandono em ti as quimeras que tolo Agarrei qual abraço que me prendeu a vida
Expressão pálida me deixa respirar E busca teu algoz em qualquer outro lar É o inimigo eu sei e por ser tão ruim Me salva de minhas próprias injúrias É o inimigo, eu sei quem sou! É o inimigo, eu sei quem sou! É o inimigo, eu sei quem sou! É o inimigo, eu sei quem sou! É o inimigo, eu sei quem sou!