Foi um erro a linha curta demais Para marcar a saída e voltar Agora nem a sombra atrás Um cigarro sentado no escuro Ao olhar de pena do minotauro Que um dia cansou de se importar Fio de vida num "Solitário torrão de rocha e metal" Vou sem pele a caminhar Não me telefone que onde estou não há sinal Vou descer pelo vulcão Moedas nas pálpebras, arriscando a contramão Quando Deus e o diabo Disputam sua voz Como não se sentir especial? Quando a serpente sem dentes sorri E aplaude em pé cada conquista e marco de sua vida Como resistir aos flashes e gritos? Chão zero, ser ou nada É sempre a mesma pergunta afinal São três horas da manhã Tudo está fechado e você já me esqueceu Não sei como aconteceu Um erro do espaço e tempo em que a gente se perdeu Cão desfamiliado, brindo a chama em cassiopéia Vago pelas ruas, sigo Nero e suas velas Sem porto seguro, tudo pode acontecer Não sei se foi certo, só que tive que fazer Não retorno, o que tiver de ser será! Só um pouco pra chegar ao centro do inferno Onde os deuses passam mal de tanto calor Ninguém pode julgar O homem que arrancou os olhos pra então enxergar