Como que ocê pôde abandoná eu?
Se nóis foi sempre siliz
Esse moço nunca te mereceu
E eu sou o que ocê sempre quis
Como que ocê pôde abandoná eu?
Se nóis foi sempre siliz
Esse moço nunca te mereceu
E eu sou o que ocê sempre quis
Aquele zóio verde eu garanto que é lente
O meu é vesgo, mas é natural
E aquele volume olhando de frente
É enchimento, aquilo não é normal
O BMW deve sê roubado
Já meu Belinão ocê me viu comprá
Foram quinze prestação que eu paguei atrasado
Mas só farta duas e eu vou quitá
Agora é que eu quero ver
Você sofrer na mão daquele mané
Eu nunca fiz a sua xana doer
E o apelido dele é tripé
Como que ocê pôde abandoná eu? (Vai!)
(Se nóis foi sempre siliz)
(Esse moço nunca te mereceu)
(E eu sou o que ocê sempre quis)
Como que ocê pôde abandoná eu?
(Se nóis foi sempre siliz)
(Esse moço nunca te mereceu)
(E eu sou o que ocê sempre quis)
Se ele faz direito, eu faço enfermagem
Se luta jiu-jitsu, eu jogo dominó
Se ele só bebe whisky Johnny Walker
Eu só bebo Druris e Schincariol
Se nas férias dele vai pra Nova York
Pegue um avião, embarque, desembarque
Muito melhor é lá em Caldas Novas
Quero ver ter água quente lá no Central Park
Agora é que eu quero ver
Quem vai te levar pra lanchar
Coxinha, esfirra e pastel
E dividir o guaraná
Como que ocê pôde abandoná eu?
(Se nóis foi sempre siliz)
(Esse moço nunca te mereceu)
(E eu sou o que ocê sempre quis)
Como que ocê pôde abandoná eu?
(Se nóis foi sempre siliz)
(Esse moço nunca te mereceu)
(E eu sou o que ocê sempre quis)
Essa música
Eu escrevi realmente antes da banda
E foi lá no Omelete Club onde a gente cantava
Que ela foi ficando conhecida e gravaram o vídeo
Colocaram no Youtube e só esse vídeo
Tem mais de dez milhões de visualizações
E a gente felizão!
A gente queria agradecer a cada um que ajudou nessa história
Eu vou dizer o nome de algumas pessoas e vou esquecer outras tantas
E eu peço as que eu esqueci que me perdoem
Eu queria agradecer do fundo do meu coração
Aldemar, dono do Omelete Club
Ele, que tirou do bolso dele mil reais, a gente não tinha mil reais
Pra fazer o nosso primeiro programa de rádio em rede nacional
Que era o Pânico na Jovem Pan
A gente não tinha dinheiro pra ir, ele deu mil reais
Fomos nós três: Eu, Thiago e Fabianinho e o meu irmão
Fomos pra São Paulo em ônibus de sacoleiro
Um ônibus que saía aqui com gente
Que ia comprar muamba na 25 de Março, a gente foi junto
Ficamos os quatro no mesmo quarto de hotel
Escondidos, né? Porque podia ficar no máximo três pessoas, foda-se
Aldemar, muito obrigado
Queria agradecer tantas pessoas que nos ajudaram
Queria agradecer ao meu irmão, que quando eu comecei a mexer com música
Como as pessoas falam, né? Ele foi o cara que acreditou
Ele falou assim: Beleza! Vou ser seu empresário
Ele é médico, velho, tinha mais o que fazer
Que era inclusive consertar vocês
Ele não conseguiu consertar eu, olha que triste
Obrigado meu irmão, do fundo do meu coração, eu te amo tanto, cara
Queria agradecer ao meu irmão Fabianinho
Cara, muito obrigado por todos os momentos que a gente passou juntos
De coração, saiba que eu tenho um carinho imenso por você, véio
Queria agradecer a todos os que já fizeram parte do Pedra Letícia
Não só como músicos, Zé, Fabinho, menino Everton
Queria agradecer aos que fizeram parte da técnica
Ao Carlão do teorema de Carlão
Fazem parte de uma história tao legal que é a nossa
Que é uma história, velho, de sobrevivência
Muitíssimo obrigado a cada um de vocês que fazem a gente sobreviver até hoje
Valeu!
E pra terminar, ouça o que eu te digo
O que esse home quer é aproveitar d'ocê
Fica comigo, aceite o meu pedido
Nem que seja uma só noite (que é pra nóis metê)
Valeu!