Eu falo de amor a vida
Você de medo da morte
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte
Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa
Mas você só quer atingir sua meta
Sua meta é a seta no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera
Não te espera
Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros
Eu digo que te amo
E você só acredita quando eu juro
Eu lanço minha alma no espaço
Você pisa os pés na terra
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era
E o que era?
Era a seta no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera
Eu grito por liberdade
Você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar
Eu corro todos os riscos
Você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade
É a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada
Nada, nada, nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada, nada, nada
Sempre a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada
Rumo ao nada, rumo ao nada, rumo ao nada
Rumo ao nada
'Brigado queridos
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