Sou do mundo dos que não tem pressa Sou do canto dos de pouca prosa Vou garimpando a vida na bateia Revirando areia em prece preciosa Hum hum hum hum hum Ametistas, hematitas, águas marinhas Por que não (por que não) São descuidos de algum anjo torto A brincar de bodoque No quintal do universo da invenção Diamantes dos amantes de antes De agora em diante pra sempre serão Poemas de amor esculpidos nos olhos de Deus No último dia da criação Topázio os olhos de tigre Turmalinas verdes que de ver projetam Sua luz sobre o canto da fada Entoando a toada talhada no chão ♪ Turmalinas, esmeraldas, sodalitas Carbonitas que de leve levem Pra dentro de um quartzo rosa O saber da existência, o sentido da civilização ♪ Sou do mundo dos que não tem pressa Sou do canto dos de pouca prosa Vou garimpando a vida na bateia Revirando areia em prece preciosa