O amor aconteceu de novo aquela hora Naquele verbo, agora Olhando pela fresta da tarde Quando tudo cresceu, não pude perceber a cor Precisei distinguir o amor do alarde Verdade A língua que tá presa na senzala A solidão não deve usar bengala Verdade Me disse que o amor não segue escala Invade O quarto, a madrugada e fala Saudade ♪ O amor interrompeu de novo aquela hora E agora o verbo adora E o fim da nossa festa que aguarde O choro que era meu Foi triste, mas não era dor Tapa de luva de uma flor não arde ♪ E a arte A cédula que vale em qualquer parte O Sol que brilha muito além de Marte Semente Que em mim, diariamente, se reparte E parte Deixando escrito no infinito Saudade