Não sei bem porquê Mas parece que a alma grita, que não suporta, Que não pode, que necessita de uma explicação Não posso dar mais, não quero ser mais. Por isso enterro a chama e o amor na lama O tempo corre, corre, o medo morre, a boca pára E tomara eu Entender o que tenho e sinto aqui que me diz Que a felicidade não importa tanto assim. Para mim, para mim, o que não morre tem um fim. Para mim, para mim, só enfim. Mas sentes que não sentes o que devias. Agarras a esperança de que fizeste o que podias. Não abras, não, não tiras para o chão o coração. Não digas que não, não digas que não. Deixa morrer o sol Leva contigo a sombra Deixa morrer, deixa passar Como uma brisa demais Dei o mundo só para ti. Consegues olhar p'ra mim, Dizer-me porquê? Sei, o tempo mente. Sei que nada é certo. E sei o que se sente. Sei, já vi de perto. E sei o que queres dizer. Foi em vão, e só em vão É a solidão. Para mim, para mim, o que não morre tem um fim. Para mim, para mim, só E deixa morrer o sol, Leva contigo a sombra. E deixa morrer o sol, Leva contigo a sombra. Deixa morrer, deixa passar. Deixa que se apague para não lembrar. Deixa morrer, deixa passar. Dei o mundo só para ti. Consegues olhar p'ra mim, Dizer-me porquê? Dei o mundo só para ti. Olha p'ra mim: Diz-me porquê?