Quem era menina cabocla Num rosto sereno qualquer Me fez tão pequeno, um menino Num leito serviu de mulher Quem tinha inocência na boca E na barra da roupa, um balé De beijos, velou meu destino Em cabindas e batucajés Fez a morada em meu peito E assim, namorada, minha cara Criatura tão festejada Dentro do coração Frio e calor nessa estrada Que vai dar pra bem mais que o sol Tente apagar meu sol Sem seu amor não sei nada O dia ficou mais bonito Por tantos caminhos cruzei Segui pelo tempo infinito Feitiço no olhar, viajei E como num doce castigo Verdade ou delírios voei E as asas de um anjo caindo Seus braços, pedindo, salvei Fiz a morada em meu peito E assim, namorada, minha cara Criatura tão desejada Dentro do coração Frio e calor, nessa estrada Que vai dar pra bem mais que o sol Tente apagar meu sol Sem seu amor, não sei nada E o dia ficou mais bonito Por tantos caminhos cruzei Segui pelo tempo infinito Feitiço no olhar, viajei E como num doce castigo Verdade ou delírios voei E as asas de um anjo caindo Seus braços, pedindo, salvei Fiz a morada em meu peito E assim, namorada, minha cara Criatura tão desejada Dentro do coração Frio e calor, nessa estrada Que vai dar pra bem mais que o sol Tente apagar meu sol Sem seu amor, não sei nada Na espera, se aprende o respirar Ouvir o som do silêncio e o barulho no ar Do tempo cantando, contando, contendo Os badalos dos sinos sedentos E louco, me jogo no mar Contemplo-o Naufragar é preciso Como se, Freud, explico: Se der pra ouvir teu sorriso Se morro ou se fico Não quero saber de juízo Não sei nada (Dinamene) Não sou nada Não sei nada