Vem ter ao Bairro Alto Que eu assalto Pla manhã Erguer a ditadura Uma aventura Em Tetuã Eu quero a bastonada Uma estalada Do imã Esta falocracia Amolecia Gengis Khan A câmara da câmara A filmar Leviatã De cócoras, de quatro Oitenta e quatro Orwelliano No quarto, ela cora O outro chora Pla mamã É tempo do amor E faz calor Nos meus colãs É o nosso acordo Eu não te acordo E tiro o sutiã Deixa-me estraçalhada Derramada No divã Curo-te o priapismo Em exorcismo De Djavan Só eu te deixo exausto O amor é fausto Pra Berhan Morde-me o naco Na calçada, fraco A pedra chã Tá posta, a mesa A toalha, tesa A posta barrosã Nesta fartura Nem limpei a dentadura Sã Vem à pendura Da censura Mas segura o tchan Amnistia a factura O papa, o cura Ou o xamã Rasura a assinatura A arquitectura Da fajã Não tem futuro, a cultura A literatura É vã Espreita pla fechadura A quadratura Do ecrã Não sou a tua cura Quem te atura? Nem sou fã Tanta amargura, jura Queres ternura? Pede à irmã Que eu tou madura Da licenciatura Em guronsan Já disse, a dita é dura Eu quero a tua cintura A dita dura e dura e dura