Falas de revolução Trazes um cravo na mão Sabes que a insurreição Cabe a alguns, a outros não Concretiza a tua dança Tempestiva de bonança Prende o cravo na tua trança Porque não? Falas de revolução Trazes um cravo na mão Mas a emancipação É questão de educação Tu, tal qual a Gabriela Cheiras a cravo e canela Crava o cravo na lapela Porque não? Habitação Educação Saúde e pão E vinho Na habituação À situação Beber mais um Copinho Saúda então O grande irmão Não há outro Caminho E no edredão Sonhar em vão Revolução Sozinho Falas de revolução Trazes um cravo na mão Lá vens tu com o teu quinhão Mas nem tudo é comunhão Vens segura, não formosa A luta é poesia, não prosa Faz do cravo a tua rosa Porque não?