Lá na baixa Mogiana essa história ouvi contar Toda vez que me recordo dá vontade de chorar Existiu um delegado com um nobre coração Que queria o bem do povo e sua libertação Teve o destino marcado por honrar a profissão Recusou-se a buscar um escravo que fugiu De uma fazenda na Penha perto da beira do rio Não julgava a cor da pele atestado de prisão Ajudava o povo negro a fazer a abolição Porém os americanos tinham terra por lavrar Muitas sacas pra colheita e dinheiro pra ganhar Tinham vidas de pessoas como seus bens de valor E por Deus justificavam esse direito ao horror Quem ficasse em seu caminho condenavam traidor Recrutaram na cidade muitos cidadãos de bem De famílias abastadas, escravocratas também, Numa tocaia covarde que mostrasse a lição Para um branco que ousava ajudar na abolição Café torrado, café em flor Enquanto isso já bem longe do feitor No Jabaquara, mais um irmão Chega ao Quilombo pra fazer revolução Café torrado, café em flor, O Rio do Peixe corre aos gritos de pavor Joaquim Firmino tombado ao chão Assassinado em frente à população Itapira, pedra dura ainda