República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república Chegava de porre no quarto Cantando chorinho e sambão Acordava no meio da noite Fazendo a maior confusão A camisa que eu mais gostava Enxugava o chão do corredor A meia da mulher amada Era lá na cozinha o melhor coador Ah, república República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república (República, república) (Ah, que saudade dos meus tempos de república) Livro emprestado não vinha E o que vinha não ia também Tomava dinheiro emprestado Depois não pagava a ninguém Nota baixa tirava de letra Na rodada de samba e batida E brigava sem ser carnaval Se falassem mal da Portela querida Ah, república República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república (República, república) (Ah que saudade dos meus tempos de república) Requeijão que mamãe me mandava Sumia sem nego saber A pernada era de madrugada Com bola de não sei o quê Esse tempo agora é passado Foi um doce de felicidade Pois agora a barriga burguesa Atrás de uma mesa, chora de saudade Ah, república República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república República, oba, república Ah, que saudade dos meus tempos de república República, república Ah, que saudade dos meus tempos de república