Era um cerco bravo, era um palmeiral Limite do escravo entre o bem e o mal Era a lei da coroa imperial Calmaria negra de pantanal Mas o vento vira e do vendaval Surge o vento bravo, o vento bravo Era argola, ferro, chibata e pau Era a morte, o medo, o rancor e o mal Era a lei da Coroa Imperial Calmaria negra de pantanal Mas o tempo muda e do temporal Surge o vento bravo, o vento bravo Como um sangue novo Como um grito no ar Correnteza de rio Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Vento virador no clarão do mar Vem sem raça e cor, quem viver verá Vindo a viração vai se anunciar Na sua voragem quem vai ficar? Quando a palma verde se avermelhar É o vento bravo, o vento bravo Como um sangue novo Como um grito no ar Correnteza de rio Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar Que não vai se acalmar...