Guilhermina! ♪ Trago este fado de viver intensamente No peito, a chama que há de sempre arder Gaivota em terra, tempestade eminente Do cruz ao peito não há nada que temer Bordei palavras e signos na pele E deixei lágrimas à mercê da sorte Os meus segredos não rimam no papel E até rendida, eu não me dou à morte Tenho uma janela aberta no meu peito, escancarada De ferro forjado, não te piques a entrar Eu vou esconder-me por trás da renda branca, bordada E pelo rio dos meus olhos, navegar ♪ Ó santo Antônio, ensina-me os limites Desta vivência eterna num segundo Para os meus olhos não brilharem sempre tristes E o coração não andar tão moribundo Pois neste fado dispenso normalidades E vivo o instante como se não houvesse fim Eu me apaixono por pessoas e cidades E hei de morrer deste amor que nasce em mim Tenho uma janela aberta no meu peito, escancarada De ferro forjado, não te piques a entrar Eu vou esconder-me por trás da renda branca, bordada E pelo rio dos meus olhos, navegar ♪ Tenho uma janela aberta no meu peito, escancarada De ferro forjado, não te piques a entrar Eu vou esconder-me por trás da renda branca, bordada E pelo rio dos meus olhos, navegar