Incendiário A brasa que te vai queimar Incendiário O calor que te vai abafar Eu estou a pegar fogo na rua Só bates em Agosto como fogo posto Não tens posto no suposto composto desta cultura És artista fogo de vista um solista na negra lista Um sovina capitalista na indústria da censura Sobe a temperatura Colamos ponteiros em manómetros Mercúrio em termómetros, voltas ao conta-quilómetros Eu estou a cuspir fogo sem aniquilar civis Amor de valor como um coleccionador de vinis Isto é vício não ofício não há fogo de artifício Ou indício de sacrifício para quem ama o que faz Desde o início é benefício vitalício O exercício de expelir o suplício de todo o mal que ficou para trás Inflamável como gás tens o ego insuflado Como um preso em Alcatraz não chegarás a nenhum lado Estás cercado pelas chamas da fama No purgatório tipo cama do sanatório Com destino ao crematório É notório que és inseguro seguro-te pela mão Asseguro-te que todo homem esconde a sua imperfeição Há espontânea combustão entre o verso e o refrão Enquanto marco no do Marco que é um Narco na produção Marco do meio da rua Como o 30 de Golden State Eu fui feito à medida E não mudo só para ser aceite Se procuras um lugar procura o lagar do azeite Tu não és definitivo mas sim um dente de leite Uma imitação barata de fraca repercussão Como um escritor sem valor um animador de excursão Sem noção, 100 no som que não percebem onde estão E o que estão a fazer na cultura em que estão Em questão a composição escrita de fraca envergadura Uma imagem rica e bonita mas pobre na escritura Não há cura! Quem atura hipocrisia em fartura? De quem fatura em poucos anos dando o ânus à estrutura Tu pára e fura na imprensa sem currículo ou historial Alma impura tu pensa não dura sempre o Carnaval A mentira vai e vem É o karma habitual Quem brinca com o fogo queima-se, o ditado é universal Incendiário Aqui a fasquia sobe como a temperatura Tu já sabes que eu sou A brasa que te vai queimar Eu estou a pegar fogo na rua Incendiário Vê como a fasquia sobe como a temperatura Tu já sabes que eu sou O calor que te vai abafar Eu estou a pegar fogo na rua Ele quer, pitar no teu berço, tibar do teu poço Ele fala por interesse para entrar no teu bolso Ele dá-te a crença para que cedas a um algarismo A ganância tem labaredas quando tentas malabarismo Roubar para ter um lugar nas ribaltas É o vosso hino A partir de agora não há mais esmeraldas para nenhum suíno Tu defraudas o teu sobrinho, cultivas mas não semeias Um dia tens que assumir que és pior de quem te assemelhas Tenho orelhas evoluídas, em odisseias sem dormidas Tu odeias e invalidas porque ideias estão falidas Tu só querias estar seguro e brilhar na vida morcega És o caloiro mais maduro O futuro que nunca mais chega como é possível? Ele é imbecil a pensar que é promissor é previsível Nem está visível no meu retrovisor E eu? Sou a influência que ele preza e dá continência Mas quando a imprensa aparece É amnésia de conveniência Ele vive da aparência, observa a nobreza e imita Ele anseia ter a assistência Reserva uma mesa e grita que podem vir mais garrafas Problema não vai ser guita O problema é tu seres otário Quando estás atrás de uma fita com beldades e pulseiras Porteiras e convidados, vaidades na fogueira É a cegueira dos confinados Tu queres fotografias, só te imaginas em passadeiras Eu 'tou na via a fazer piscinas sem braçadeiras Tens armadilhas Tenho armaduras para granadas sem cavilhas Que dão feridas e queimaduras Crio a sinfonia e toco em mais notas que partituras Tu copias autorias, não brilhas sem amarguras Agulhas dão o som das ondas em ranhuras Mergulham em misturas, dão-me zonas e culturas Não há desculpas, não há rimas cultas se tu não te informas Tu não consultas e há knowledge em muitas plataformas E agora regas aos colegas que tu encargas E o que pregas quando gabas o que alegas, tu alargas Se houver regras tu apagas Não navegas, tu naufragas Porque o sol deixou-te às cegas Não enxergas, tu divagas Não há tréguas nem há vagas Se há um recalcamento Porque em privado nunca há mágoas Na ribalta mente quando tinhas menos fome de luzes Tu ainda não te queimavas procuras raps que não são lusos Depois traduzes e gravas Em beats parecidos E omites verdades É só Ouvidos vendidos para ouvintes vendados Quando um palhaço anda a brincar no meu espaço Eu vou protegê-lo a tua farsa aqui não passa 'Tás em brasa, mete gelo Incendiário Aqui a fasquia sobe como a temperatura Tu já sabes que eu sou A brasa que te vai queimar Eu estou a pegar fogo na rua Incendiário Vê como a fasquia sobe como a temperatura Tu já sabes que eu sou O calor que te vai abafar Eu estou a pegar fogo na rua Incendiário A brasa que te vai queimar Incendiário O calor que te vai abafar Eu estou a pegar fogo na rua Incendiário A brasa que te vai queimar Incendiário O calor que te vai abafar Eu estou a pegar fogo na rua