São diágonas Fazem parte de um conto Nascem do cabelo morto Para me lembrar que estou viva São diágonas Sementes nas orelhas Nascem do que tu semeias Quando me falas de amor São diágonas São flores à janela Que ele deixa só por ela Por saber que vem de noite São diágonas E crescem num canteiro Na falta do dinheiro Só o amor pode crescer São diágonas E a noite vem tão tarde E ele queria tão mais cedo Só para a ver florescer Está lá em cima E vem de trás da lua Para ele não a ver nua Só para não morrer de saudades De saudades De saudades De saudades