Pano azul turquesa E a mão pousada à mesa Na faca, uma certeza Que corta o sono em farpas Pensar na sobremesa Dançar à nossa beleza Num vestido de framboesas E guardas-me inteira na alma E a imagem dessa noite que tu guardas As vezes que me atinges e me faltas E a luz que escorre o corpo e me ilumina Acorda esse teu sangue de sal do mar, ia, ia E tentas ler-me os lábios para te salvar Encontras-me na rua sem combinar, ia, ia ♪ De quem foi a ideia louca de esta noite me chamar? Te bordou na cidade toda, já não tenho para onde olhar Tenho a cara toda exposta só de sonhar que estás lá E volto a uma mesa posta de onde saio à procura Saio à procura Sombras sem certezas Estômagos cheios de beleza Borboletas voam às cegas E a essas voltas, canto São ondas de pranto e reza Rituais que o corpo liberta Na pura intenção de querer estar Onde a tua boca espera E só sinto que não estou sempre a pensar Quando és tu quem ocupa todo o lugar, iá, iá E se vires que não consegues avançar Toca na minha mão sem ninguém notar, iá, iá De quem foi a ideia louca de esta noite me chamar? Te bordou na cidade toda, já não tenho para onde olhar Tenho a cara toda exposta só de sonhar que estás lá E volto a uma mesa posta de onde saio à procura Saio à procura Saio à procura, iá, iá Saio à procura