CHF original Nasceu preto, já oprimido Culpa do Estado, governo medíocre Financiam arma, drogas e trio Mas não ensinam o menor a ler um livro Ó pátria amada, ó mãe gentil Investe em arte invés de fuzil Pretos morrendo sem objetivo Na mente do pai: Cadê meu filho? Gente morrendo sem explicação Tudo por causa das operação Vejo essa porra como opressão Na nossa mente isso não foi em vão Sou porta guarda da minha favela Falo o que vejo e vivo da tutela Cortando beco, ruas e viela Quebro correntes que nunca se quebra Aí vê na humildade tu ganha montão Vários se ilude que aqui tá bom Judaria sobe, bonde não perdoa Deu mole no crime, tu morre com a roupa Aprendizado que eu levei pra vida Quem nasce buceta nunca vai ser pica Fiz chover whisky, eu colo de preto Nunca subestime nenhum jovem negro Ser preto na vida é difícil, mano Quem não é não imagina o que é ser, meu mano No Brasil, só bala de fuzil riscando Se moscar, mata 'ocê e mais um fulano Por raiva, por ódio e por encomenda Se o cabelo é crespo, mais uma prenda Na fila do Bradesco nenhuma renda No seu cu é refresco, mas não pimenta Mas tô correndo por fora (fora) Lá na frente, nós tromba, se encontra (encontra) Trabalho ganhando por hora Tecnologia da hora, é de ponta (ponta) Vários que corre e não conta (conta) Mas te falo quem corre é a bola (bola) Eu vim do campinho de terra Seu futebol lá na quebrada não rola Só de Angola, quem cola eu sei Na madrugada, Angola sem lei Denunciaram uma bala perdida Uma vida bandida em nome do Rei Olha no espelho o vermelho de sangue 'Tão dizimando famílias e gangues Preto é preto, parado, suspeito Isso escorre no peito jogado no Mangue Só de Angola, quem cola eu sei Na madrugada, Angola sem lei Denunciaram uma bala perdida Uma vida bandida em nome do Rei Olha no espelho o vermelho de sangue 'Tão dizimando famílias e gangues Preto é preto, parado, suspeito Isso escorre no peito jogado no Mangue