O baú, há muitos anos como herança A roupa da vovó guardava E há dias a minha mãe teve a lembrança De ver como a roupa estava E quando a tampa do baú se abriu Um grande cheiro a mofo ela sentiu Tirou as calcinhas da avozinha O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num corpete com fitinhas O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num vestido de cambraia Levantou a saia e o sangue ferveu-lhe Teve tudo tão guardado No baú fechado e o mofo deu-lhe Tirou as calcinhas da avozinha O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num corpete com fitinhas O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num vestido de cambraia Levantou a saia e o sangue ferveu-lhe Teve tudo tão guardado No baú fechado e o mofo deu-lhe Ó malta, vejam lá o que é que aconteceu ao baú da velhota! O mofo deu-lhe, vejam lá! E no ramo todo em flor de laranjeira Ali o mofo deu também E nas fotos do seu tempo de solteira Não se conhece ninguém E a forma desbotada o mofo deu E o cheiro por toda a roupa se estendeu Tirou as calcinhas da avozinha O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num corpete com fitinhas O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num vestido de cambraia Levantou a saia e o sangue ferveu-lhe Teve tudo tão guardado No baú fechado e o mofo deu-lhe Tirou as calcinhas da avozinha O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num corpete com fitinhas O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num vestido de cambraia Levantou a saia e o sangue ferveu-lhe Teve tudo tão guardado No baú fechado e o mofo deu-lhe Tirou as calcinhas da avozinha O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num corpete com fitinhas O mofo deu-lhe, o mofo deu-lhe Pegou num vestido de cambraia Levantou a saia e o sangue ferveu-lhe Teve tudo tão guardado No baú fechado e o mofo deu-lhe