Tu disseste em juramento Que entre o véu do esquecimento Que o meu nome é uma visão Tu tiveste em piedade De sorrir desta saudade Que me mata o coração Se um retrato tu me deste Foi zombando, tu disseste Do amor que te ofertei E eu em lágrima desfeito Quantas vezes junto ao peito O teu retrato conservei Eu sei também, ser ingrato Meu coração, vê bem, já não te quer Eu ontem rasguei o teu retrato Ajoelhado aos pés de outra mulher Eu que tanto te queria Eu que tive a covardia De chorar, esse amargor Trago aqui despedaçado O teu retrato, pois vingado Hoje está, o meu amor As sentenças são extremas Faço o mesmo aos meus poemas Rasga os versos que te fiz Não te comova, o meu pranto Pois quem te amou tanto, tanto Foi um doido, infeliz ♪ Eu ontem rasguei o teu retrato Ajoelhado aos pés de outra mulher