Gente que veio de longe Na bagagem, o horizonte É judeu, é cearense Do além-mar Gente que veio de longe Do Oriente, na aventura, a semente A mata é brava Muito índio, pouco afro Tem fumaça e benzição Muita festa, muita arte e comunhão Chega navio com cerimônia Chega! Chega à vila-cidadela Chega! E o regatão vem à vela Vem pra Acabar com a lentidão Diz que o boto matreiro escapa da malhadeira É mana e o boto faceiro Só cai na rede companheira Tupinambarana dos Parintintin Tem muita gente nela, tem muita gente bela Tupinambarana dos Parintintin Multidão que abre os braços, crenças que entrelaçam o chão O velho Cristo da Praça Gente que não acaba mais Gente que não acaba jamais