Tanta criança sem nome que o mundo tem Sem ninguém, sem ninguém Tantos corações perdidos, sem bater Só sofrer, só sofrer Casas debaixo da ponte Escolas ao luar Brinquedos de faz de conta E a rua seu lar Tanta criança sem nome, mãe nem pai Cada vez mais, cada vez mais Tantas alminhas esquecidas que ninguém vê Mas porquê? Mas porquê? O mundo segue e a avança Sem ligar E o nome dessa criança Não irá mudar Abandonada, abandonada Será sempre por esse nome que vai ser chamada Abandonada, abandonada Será sempre criança sem nome, sem vida, sem nada Tanta criança que nasce, sem pedir Pra nascer, pra nascer Tanto enocente que paga, pelo que não fez Tanta vez, tanta vez E ganha logo a nascença Uma dor sem fim Berços de espinhos, de herança E o nome assim Abandonada, abandonada Será sempre por esse nome que vai ser chamada Abandonada, abandonada Será sempre criança sem nome, sem vida, sem nada Mas não podemos deixar nunca mais Que isso aconteça Está na hora de darmos um nome e um lar E tudo a esta criança Abandonada, abandonada Já é tempo de darmos um pouco A quem não tem nada Abandonada, abandonada Já é tempo de darmos um pouco A quem não tem nada Abandonada, abandonada Já é tempo de darmos um pouco A quem não tem nada Abandonada, abandonada Já é tempo de darmos um pouco A quem não tem nada Abandonada