Deixa bater Deixa rasgar Deixa sangrar Deixa explodir Deixa alagar Deixa queimar E as vezes sem perceber Eu me vejo perdido no tempo Na hipnose de um deserto com você Pixelado em uma miragem de prazer Compartilhando aridez Rasguei meu mapa no vento e fui procurar Fui curtir, digitar Em um assunto qualquer Injetar, iludir Bem me quer, mal me quer Eu já nem sinto mais Tudo é tão veloz E o que ficou pra trás não importa Lembra bem nós Há dez anos atrás ou nesse ano atroz Que nunca para É gravitacional A letargia que se espalha Um avatar moral Que ri da nossa cara E que nunca falha E que nunca falha Deixa fingir, deixa espalhar e atualizar Deixa na nuvem pra não ter que carregar Uma tempestade de bytes Com emoções passageiras Me anestesia E faz que em cada passo meu Eu baixe a cabeça e esqueça de olhar pro céu Pra curtir e orbitar Em um assunto qualquer Injetar, iludir Bem me quer, mal me quer Me prender em você E achar que é normal Essa atração fatal Tudo é tão veloz E o que ficou pra trás não importa Lembra bem nós Há dez anos atrás Ou nesse ano atroz E nunca para É gravitacional A letargia que se espalha Um avatar moral Que ri da nossa cara E que nunca falha Tudo é tão veloz E o que ficou pra trás não importa Me anestesia mais Em cada passo meu É gravitacional A letargia que se espalha Parece tão normal Que eu baixe a cabeça E esqueça de olhar pro céu