No mar tanta tormenta e tanto dano Tantas veces a morte apercibida Na terra tanta guerra, tanto engano Tanta necesidade aborrecida Onde pode acolher-se um fraco humano Onde tera segura a curta vida Que nao se arme e indigne o Ceu sereno Contra un bicho da terra tao pequeno? Estabas, linda Inés, posta em sossego De teus anos colhendo doce fruto, Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a fortuna nao deixa durar muito Nos sudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuto Aos montes ensinando e as ervinhas O nome que no peito escrito tiñas. Aconteceu da misera e mesquinha Que despois de morta foi Rainha