Inerte em seus próprios escombros Na prisão silente de um quarto escuro Como quem sofre a divagar por esconjuros Onde as lembranças afáveis vividas em águas passadas Deram lugar à angústia vã que à boca amarga Pouco lhe alcançam as vozes que dizem haver fantasia Resta a solidão Já cansado, seu peito convulso Quase anseia a falta de ar E essa dor que traz em seu pulso Que persiste em não cicatrizar Detalhes imprecisos Vestígios de outros tempos Não mais possuem forças pra cessar os seus lamentos Aquele que mostra o caminho É o mesmo que furta suas horas escassas Tudo é ilusão