Acorda, nem lava o rosto Abre a porta, vai pra rua Vê do que o tempo é composto O oposto da briga, o preto é fosco O peso desse fardo não condiz com o tamanho das vigas. Da estrutura, é liga Sente o gosto, é quase agosto, teu salário é todo imposto. Sente o pé tocar no fundo do poço E os teus 'amigo', irmão, é que são 'encosto' Onde o fim está? A poeira nunca baixa e eu patino no mesmo lugar Deveres, problemas, horários, sistemas Compõem a manipulação do que eu faço Dos lugares que infelizmente eu passo A noite se arrasta enquanto eu cavo o meu próprio buraco. Na rotina de ser justamente quem conduz Nessa imensidão sem luz. Eu lhe questiono se você suporta sempre estar mira Aqui quieto, calado, preso todos os dias Acorde, não há uma solução para agonia Quando o seu ganha pão é sua própria armadilha Num olhar vejo o horror no parque O vingador tá de ferro, não é o tony stark Em combustão, explodiu na mão O traidor caiu no chão, pediu por favor Ouviu, disse que não... Foi pro caderno O rancor na alma vai ser eterno Não acredito em paraíso por que se tem um paraíso Também tem um inferno. Nesse segundo não é possível pra mim A caminhada entre dois mundos Na correria, epidemia, não vejo via O cigarro subtrai mais um dia A real da história da vida que se perdeu Não crer na glória divina me faz ateu. Não sou de Deus nem do demônio Eu sou semelhante aos seus Só que ao contrário. Eu lhe questiono se você suporta sempre estar mira Aqui quieto, calado, preso todos os dias Acorde, não há uma solução para agonia Quando o seu ganha pão é sua própria armadilha Enquanto as coisas andarem girando no vago da vida Eu conto poder alcançar a independência surreal. E voando tão perto do abismo Se expondo, focado na mira Então viva um dia de cada vez enquanto o tempo subtrai