Meu corpo é uma casa em que eu
Escondo algumas partes do mundo
O olho, a cintura, o pé
Sexo é um território extenso
Não venha me impedir que eu conheça
Minha casa por dentro do corpo
Da sala de jantar, da janela
Eu descubro um planeta, retina
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
No fundo da cabeça existe o céu
Mil pássaros voando pro espaço
No fundo do seu olho, eu não vejo
Tá vazio, tá escuro, tá opaco
A boca, o nariz, o quadril
Enxergo um novo centímetro aberto
Quem é você pra dizer
O que pode, não pode, por dentro?
Dessa casa, desse corpo
Desse território meu, só meu
Da copa, do quarto, da janela
Eu reconheço um mundo pulsante
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
No fundo da cabeça existe o céu
Mil pássaros voando pro espaço
No fundo do seu olho, eu não vejo
Tá vazio, tá escuro, tá opaco
Meu corpo é uma casa
Em que eu escondo algumas partes do mundo
O olho, a cintura, o pé
Sexo é um território extenso
Não venha me impedir que eu conheça
Minha casa por dentro do meu corpo
Da sala de jantar, da janela
Eu descubro um planeta inteiro
Aqui na minha casa, mando eu
Se eu é que moro dentro do meu corpo
Aqui dentro do meu corpo moro eu, morro eu, mando eu
Se manda
Quem é você pra dizer
Quem é você pra dizer
O que pode e o que não pode
Aqui dentro do meu corpo?