Do navio pro camburão, sal no mar, sangue no chão
No Brasil escravidão mesmo pós abolição
Cativeiro, onde os pretos sonham com a libertação,
Da chibata do patrão, ou da cela da prisão!
Do navio pro camburão, sal no mar, sangue no chão
No Brasil escravidão mesmo pós abolição
Cativeiro, onde os pretos sonham com a libertação,
Da chibata do patrão, ou da cela da prisão!
Detenção sem muro, fugindo do furo,
13 de maio equivale à escada de túmulo
A senzala se mantém as margens dos burgos
E os escravos no ninho de cobra, sem rumo
Uns com algema, outros na inconsciência
Induzido no labirinto jogado pelo sistema,
Eu tô ligado qual é, conheço seu esquema,
Move as peças e nos põe na TV como problema.
Fogo contra fogo, fumaça que envenena
Conseguiu o apoio, genocídio na sequência,
Livre na teoria, na linha da indigência,
Se vira, tiozão, briga por sobrevivência,
Levaram o ouro, a matéria prima, passaram por cima
Na escola ensina que descobridor é quem assassina,
Recebe homenagem, estátua e placa na avenida
Medalha pra quem mais mata os reféns da burguesia...
Do navio pro camburão, sal no mar, sangue no chão
No Brasil escravidão mesmo pós abolição
Cativeiro, onde os pretos sonham com a libertação,
Da chibata do patrão, ou da cela da prisão!
Do navio pro camburão, sal no mar, sangue no chão
No Brasil escravidão mesmo pós abolição
Cativeiro, onde os pretos sonham com a libertação,
Da chibata do patrão, ou da cela da prisão!
Terra saqueada, latifúndio, negócios
Império da imobiliária erguida com nossos ossos,
Maioria prejudicada sonhando com a reforma agrária,
De volta pro navio no porto de esgoto e barata,
Rato, sem poder comprar do mais barato
Morre náufrago, nômade, no cruzeiro de tábua,
De inanição, no deserto de pedra, sem água
Concreto funde o coração, fortalece nossa raiva!
Estupro coletivo, sem massagem, na periferia,
Onde fazem da professora do bairro, mercadoria
É sistemático tocar no ouro que garimpou,
Abelha quer o mel de volta, mas a polícia matou
Clichê "Direitos humanos para humanos direitos"...
Roubou geral, e nosso povo que é preso...
Enquanto ostenta sua burrice por grife, dinheiro,
Bumerangue decepa dedos do playboy no cativeiro...
Do navio pro camburão, sal no mar, sangue no chão
No Brasil escravidão mesmo pós abolição
Cativeiro, onde os preto sonham com a libertação,
Da chibata do patrão, ou da cela da prisão!
Do navio pro camburão, sal no mar, sangue no chão
No Brasil escravidão mesmo pós abolição
Cativeiro, onde os pretos sonham com a libertação,
Da chibata do patrão, ou da cela da prisão!
Vem falar de malandragem, sempre esteve em vantagem,
Com flat no Morumbi e mais 10 naves na garagem,
E o que sobrou pra nóis? Baixa escolaridade,
Descaso, violência, droga, criminalidade,
Vem na tela me falar de ascensão social,
Classe C é o caralho, medir bem material
Pago em 12 vezes, subalterno até o final,
No fim não vê um real, morre no chão hospital,
Deixa o neguín nascer, porque crime é aborto,
Mas não deixa se criar, e antes dos 12 tá morto,
Conseguiu desviar o olhar, agora pode exterminar,
Onde os figurão dão permissão pro estado matar,
Na escala de cor, tá o nível do vilão,
Não importa se tá no portão, ou com o fuzil na mão,
Então vai sentindo o ódio que você ajudou a criar
A moeda do seu resgate tá aqui na minha AK.
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