Ai como eu quero viver no plural Este singular é pior que mal Cavaleiro ignoto na eternidade Exílio nos mares da minha saudade Ignorar em mim a maior solidão Mesmo na rua sem tecto nem chão Enganar o espelho com retratos de mim Não tenham certezas, eu não sou assim... Deixado no espaço esquecido pelo mundo Não tenho cansaço, sou eco profundo Quero ser plural, crescente, minguante Viver num segundo o eterno instante Não tenham certezas, eu não sou assim Não tenham certezas, eu não sou assim Não tenham certezas, eu não sou assim Não tenham certezas, eu não sou assim Nascer larva, morrer borboleta Lagarta crisálida de cor violeta, ser águia, luar Com mãos de veludo, desta saudade De nunca ser tudo Lembrar de Deus a voz num jardim imenso Ser poeta do espaço, do ser que me penso Ser do oriente da ave que me espalha Trazer comigo a luz numa medalha Deixado no espaço esquecido pelo mundo Não tenho cansaço, sou eco profundo Quero ser plural, crescente, minguante Viver num segundo o eterno instante ♪ Deixado no espaço esquecido pelo mundo Não tenho cansaço, sou eco profundo Quero ser plural, crescente, minguante Viver num segundo o eterno instante Não tenham certezas, eu não sou assim Não tenham certezas, eu não sou assim Não tenham certezas, eu não sou assim Não tenham certezas, eu não sou assim