Nesta festança eu vou De mão dada à poesia Debruçado num verde esperança Num branco que deixa herança Nos caminhos d'alegria Quero cantar, sambar, suar, me embriagar Ser feliz, bem feliz Desfrutar das coisas lindas Que existem ainda neste meu país Alegria, alegria meu amor De peito aberto aqui estou Cada gota de suor que cai É um pingo de felicidade No néctar dos deuses flutuando Na espuma me banhando Encontrei mil realidades Coisas daninhas serão banalidades Quem vem do lado de lá Assistir à nossa batucada Se trouxer no peito tristeza Que afogue lá na mesa Numa cerva bem gelada Já coloquei na pedreira Cerveja preta para o Rei Xangô Cerveja branca também coloquei na mata A noite inteira "Seu" Ogum bebericou Quem canta o mal espanta Explode coração No combustível da ilusão Haja frio ou calor Cervejando lá se vai o dissabor