Calma aí, deixa eu te falar Tenho sentido bem mais do que vejo Pois, a pele que me habita É uma esponja E fazendo as contas Nem sempre eu dou conta Dou conta de mim Só peço o ouvido e uma ponta Não fazemos de conta Não somos crianças Mas tenho lembranças que me deixam bem E eu não me acostumei O tempo não passou As mágoas que criei Se alimentam de dor O puro se sujou E a lágrima caiu De tanto que pingou Agora virou rio Nadando nesse imenso Meu pequeno eu Fazendo orações Com a mente de um ateu Mas ela entendeu Que o tempo só se vai E que o olho da gente Não olha pra trás Calma aí, mas quero lembrar Que hoje eu acordei feliz Sei que a vida alivia Ela é dona Me tira do coma Pra eu sair da cama E cuidar de mim Só peço Alimento pra alma Inspiração, calma E amor dentro e fora Palavras que ouvi Em meio a solidão Axés que recebi Canções no violão O olhar de minha mãe Sem cobrar um tostão Sem arrancar pedaços Do meu coração Mais forte do que penso Mais fraca do que sinto Eu sei que minhas veias Apontam um caminho O tempo me contou E eu sei como chegar Meu peito guarda a bússola De um bom lugar ♪ E eu não me acostumei O tempo não passou As mágoas que criei Se alimentam de dor O puro se sujou E a lágrima caiu De tanto que pingou Agora virou rio Nadando nesse imenso Meu pequeno eu Fazendo orações Com a mente de um ateu Mas ela entendeu Que o tempo só se vai E que o olho da gente Não olha pra trás Palavras que ouvi Em meio a solidão Axés que recebi Canções no violão O olhar de minha mãe Sem cobrar um tostão Sem arrancar pedaços Do meu coração Mais forte do que penso Mais fraca do que sinto Eu sei que minhas veias Apontam um caminho O tempo me contou E eu sei como chegar Meu peito guarda a bússola De um bom lugar