Dizia a minha mãe Cada um chega só E igualmente só Cada um parte daqui Faz o que tem que fazer O que consegue fazer E vai Quando eu era miúda Pensava que em dez anos Seria o futuro Uma nova sensação Outra dimensão Mas nada mudou Sou faísca de pó No espaço sideral A anos, anos-luz De outra faísca em qualquer lugar Mas e esse mundo aqui Bem cá dentro de mim? Sou pequena ou sou sem fim? A paixão que consome, engole o intrépido ser Pode o queimar ou salvá-lo do seu penar Pra romper essa tranca que prende e impede o viver O primeiro passo é ver em que elo está Depois ir até lá Abrir E se libertar