Já não sei mais o que é fazer contas Até já perdi as contas Dos cantos dos rios das contas Que meu peito amor cantou Perdido de amor por ti Já nem me lembro quantas cantigas Quantas tiranas amiga Na viola padeci Também não sei mais quantos foram Os luares que passaram Pelo vão dessa janela Indagando suplicantes Frios, pálidos, dementes, Onde anda amiga, aquela Vieste de longe, eras tão linda Como se hoje lembro ainda A mansitude da manhã Foi tua vinda, amiga vã Dói-me no peito ao relembrar Já não tem jeito a vida é vã Qui diserança, ó minha irmã Mas apesar de tudo desfeito De tanto sonho morto qui num tem mais jeito Tombando a ladeira Já pela descida Na tarde da vida Rompo satisfeito Foste na jornada A jornada perdida Meu amor pretérito mais que perfeito