Não dá pra esquecer Do Amazonas, do rio Madeira Seus afluentes e igarapés Seus peixes, tucunaré, jatuarana Pirarara, boto, arraia Não dá pra esquecer Do seringueiro, do pescador Do garimpeiro e do semeador Da roça de macaxeira Do urucum, bacuri, açaí Do ingá, tucumã, cuia, cupuaçu Não dá pra esquecer Que eles são esquecidos Não dá pra esquecer Que nós somos omissos Não dá pra esquecer Da cunhã sem leite Curumim com fome Do caboclo doente Cunhantã que se vende Não dá pra esquecer Do marinheiro, obreiro, pastor Que no meio da mata Adora ao Senhor Que os criou e não se esqueceu E espera que nós Não nos esqueçamos E em verbo e ação nos unamos Não dá pra esquecer Que eles são esquecidos Não dá pra esquecer Que nós somos omissos Não dá pra esquecer Da cunhã sem leite Curumim com fome Do caboclo doente Cunhantã que se vende Não dá pra esquecer Não dá pra esquecer Não dá pra esquecer, não dá Não dá pra esquecer Não dá pra esquecer Não dá pra esquecer, não dá