Passa das 6h e a luz deste dia Vai mergulhando e sumindo no céu Ele abre a porta sem grande euforia Volta pra casa a cumprir seu papel Troca de roupa e devora a comida Toda a atenção pro jornal Poucas palavras contém nossa vida Pra ele isso é tão normal Passa das 11h e esta noite ele cisma Que os meus carinhos precisa demais Muitas palavras, sorriso, sofisma Como se eu fosse objeto e não mais Logo ele alcança o que quer e adormece Morre um pedaço de mim Choro depois, é o que sempre acontece Eu morro vivendo assim Vivo morrendo assim Passa das 3h da manhã, novo dia