Um velho calção de banho O dia pra vadiar Um mar que não tem tamanho Um arco-íris no ar Depois, na Praça Caymmi Sentir preguiça no corpo E numa esteira de vime Beber uma água de côco, é bom É bom Passar uma tarde em Itapuã Ao sol que arde em Itapuã Ouvindo o mar de Itapuã Falar de amor em Itapuã ♪ Enquanto o mar inaugura Um verde novinho em folha Argumentar com doçura Com uma cachaça de rolha E com o olhar esquecido No encontro de céu e mar Bem devagar ir sentindo A terra toda rodar, é bom É bom Passar uma tarde em Itapuã Ao sol que arde em Itapuã Ouvindo o mar de Itapuã Falar de amor em Itapuã Passar uma tarde em Itapuã Ao sol que arde em Itapuã Ouvindo o mar de Itapuã Falar de amor em Itapuã Falar de amor em Itapuã Falar de amor Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto Me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona de um bordel Pedia a cada estrela fria Um brilho de aluguel E nuvens lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco, louco Um bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Pra noite do Brasil Meu Brasil Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete Chora, a nossa Pátria mãe gentil Choram Marias e Clarisses No solo do Brasil Mas sei Ah mais sei, que uma dor assim pungente Não há de ser inutilmente A esperança Dança na corda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha Pode se machucar Azar A esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista Tem que continuar Tem que continuar Tem que continuar