Toda força desta vida Vem da terra que palpita No seio do coração É seiva que vem do chão E se transforma em paixão Cicatrizando feridas Ah-aaah Ah-aaah Ah-aaah-ah O pão que madruga os fornos Misturado ao apojo Escorrido na mangueira Traz na sequência dos dias A verdade mais antiga Que o campo é a mesa do povo Que o campo é a mesa do povo O braço que estende laços A força destes cavalos É pasto verde, é arado Plantando o aço do corpo É o sal das sangas do rosto Junto aos rebentos semeados É o sal das sangas do rosto Junto aos rebentos semeados ♪ Toda escassez que maltrata É injustiça que abarca Nos recintos do improviso Onde os senhores do vício Fazem planos e ofícios Com insensatez de gravata Ah-aaah Ah-aaah Ah-aaah-ah A dor que mexe com a gente É que a cultura indigente Anda pedindo socorro A terra morre de fome Pra alimentar sobrenomes Que germinam inconsequentes Que germinam inconsequentes A coragem deste canto Surgiu aos olhos da terra Como se ela criasse A construção do poema E reclamasse suas penas Porque todos vivem dela E reclamasse suas penas Porque todos vivem dela Vivem dela