É de vereda parceiro, que o golpe firma na trança Se o braço busca a distância, no estender da canhada Uma terneira abichada, que achata a cola por conta Ritual gaúcho na estampa, desta querência sagrada É de vereda parceiro, com a bota sempre estrivada Que aparto um boi na invernada, pra garantir o sustento Chapéu tapeado com o vento, num barbicacho apertado E um peleguito virado, nesse fundão mormacento Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás Como sempre diz meu irmão Muchas gracias Agora é eu que digo muchas gracias Pirisca por tá cantando contigo ♪ E de vereda parceiro, vamo rangindo a carona Num resmungar da chorona, na alguma folga domingueira E a sina por balconeira, faz esbarrar na cancela Pra tira a poeira da goela, num bolicho de fronteira E de vereda parceiro, que a noite vem espiando Junto aos buracos do rancho, de uma peleia passada E o vício ronda a indiada, num destorcido com canha Piscando um olho na sanha e metendo sorte clavada Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás Salta calando parceiro, salta calando Faz um bichinho e afirma a perna no más Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo Que a zebuada, sobra pata por demás