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Luiz Marenco - Querência şarkı sözleri

Sanatçı: Luiz Marenco

albüm: Canta Jayme Caetano Braun


Querência, rincão querido do bochincho e do fandango
Da boleadeira e do mango, da coxilha e da canhada
Querência verde orvalhada dos ventos que se adelgaçam
Repetindo quando passam, já fui tudo e não sou nada

Rincão da flor colorada no topete das morenas
Do tilintar das chinelas e do umbu triste sozinho
De onde o bem te vi do ninho, nas alvoradas serenas
Desfiam sem fim de penas na evocação de um carinho

Querência do cusco amigo, nobre e guapo companheiro
Do balcão do bolicheiro, da china linda e do trago
Do paysano que anda à vago sem parador, nem querência
E vai curtindo na ausência recuerdos de algum afago

Querência do mate amargo, sevado em fogão tropeiro
Do redomão caborteiro que, num upa, corcoveia
Da cruz carcomida e feia, entre moitas de erva rala
Que tristemente assinala vestígios de uma peleia

Querência do carreteiro, sempre a cruzar ao tranquito
Na sina de andar solito junto à carreta que passa
Como um duende que esvoaça levando para o infinito
O fardo santo e bendito dos atavismos da raça

Querência da gaita véia', que pacholeando se espalha
Do velho rancho de palha abandonado ao rigor
E o pavilhão tricolor que foi sinal da batalha
E hoje serve de mortalha do gaúcho peleador

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