Uma vez fui na cidade na maldita perdição Lá perdi meu pala velho que me doeu no coração Quando voltei da cidade, vinha com dor na cabeça Cheguei fazendo promessa, Deus permita que apareça ♪ Encontrei xiru do posto, não deixei de maliciar Que ele achou meu pala véio', não queria me entregar Fui dar parte ao comissário, ficou pra segunda-feira Me levaram na conversa, se foi a semana inteira ♪ Veja às coisas como são, como se forma a lambança Que pelo mal dos pecados era o forro das crianças Com este meu pala rasgado passava campos e rios Com este meu palinha véio' não temo chuva e nem frio ♪ Foi forro para carpetas em carreiras perigosas Inté' serviu de agasalho pra muita prenda mimosa Inté' nas noites gaudérias meu pala soltito' ao vento Ia abanando pachola, às luzes do firmamento ♪ Informem nas vizinhanças este triste sucedido Quem tiver meu pala véio' que prendam este bandido Neste mundo todos morrem, da morte ninguém atalha Me entreguem meu pala véio' pra mim levar de mortalha Me entreguem meu pala véio' pra mim levar de mortalha