Do trancão nessa vanera, quero mandar meu abraço A todos os guasqueiros e domadores, tchê ♪ Toldei um bagual ruano que mal pisava o capim Pingo de saltar esmagando se a volta viesse pra mim Troteava olhando as chilena, bufando e bem arregrado Fui visitar uma morena que conheci no povoado ♪ Eu que vivo domando e lidando com cordas forte Sou guasqueiro e domador e pra o amor tenho sorte Boleei a perna no rancho, ela estava na janela Frouxei o bocal do ruano, atei e fui lá ver ela ♪ Ela foi lá pra cozinha e trouxe um mate bem cuiudo E oiava' aquelas mãozinha, apertava com cuia e tudo E ali tivemos mateando, pensando em que conversar Disse ela: Tá sentando, o teu bagual vai escapar ♪ Só que rebente o pescoço, a cabeça há de ficar Vira o mate e aquenta a água que tá querendo esfriar Corda que eu faço, menina, não é com lonca de sapo Potro que eu pego se amansa, se não a golpe eu lhe mato É com muita honra e prazer que eu convido Esse irmão, esse amigo pra cantar um verso comigo Boleia a perna e abre o peito, Mano Lima ♪ Agora o ruano tá manso, já dei a segunda sova Já trouxe a china pro rancho, morar na querência nova Nas madrugada charrua, levanto devagarinho Fica que é uma tatua, aninhada no meu ranchinho Fica que é uma tatua, aninhada no meu ranchinho Baitaca, meu amigo, é um prazer cantar contigo Porque na goela ainda me sustento E quando escuto uma vanera Com cheiro de terra de mangueira Parece que me viro numa trunqueira Da minha pátria missioneira Que vai entrando chão adentro