Helena, uma linda moça Filha de um rico doutor, ai Adalto era um moço pobre Mas muito trabalhador Se amavam desde criança E cresceram naquele amor Pra Heleninha era só esse, ai Que aliviava a sua dor Seu coração já estava entregue Pra aquele botão de flor No jardim que se encontravam Era o ponto acostumado, ai Cada dia que passava Seu amor era dobrado Sua mãe chamou e lhe disse Que seu pai tinha falado Que o casamento de Helena, ai Breve ia ser realizado Pra casar-se com um francês Um moço rico, apreparado Coitadinha quando soube Seu dia estava chegando, ai Também foi se entristecendo Naquilo ela foi pensando Desprezar o meu amor Querido de tantos anos Com outro eu também não caso, ai Conseguiu naquele plano Mas antes prefiro a morte De que casar com esse fulano Recolheu-se no seu quarto Com o revólver carregado, ai Trazia uma carta escrita E muito bem explicado Vou morrer porque não quero Ver outro moço ao meu lado Me vista o vestido branco, ai Que eu aí tenho guardado Que era pro meu casamento Que papai tinha comprado A morte dessa mocinha O mundo se balançou, ai O sofrimento de Adalto Só oito dias durou Ele foi no cemitério E na tampa debruçou É o derradeiro presente, ai Heleninha, que eu te dou Cravou o punhal no peito Coração atravessou Dois coração que se une Deve ter amores iguais, ai Senhores pais de família Note bem o tempo atrás Que o correr do mundo velho Quanto exemplo nos traz Obrigar um coração, ai É coisa que não se faz O amor é como um vidro Se quebrar não solda mais