Eu gostaria de inverter o tempo E interditar a rota do destino Pra reviver aquelas fantasias Que eu arquivei n'alma de menino Aquela estrada cortando o terreiro E uma cancela um pouco mais na frente E as flores brancas Ando os jarros da casa da gente Os nossos filhos são do que nos fomos Real semelhança Que todo adulto trás dentro de sí Um sonho de criança Fiz muitas vezes no oitão de casa Curral de pedra e boiada de osso Fechava os olhos pra ganhar um beijo Na brincadeira de cair no poço Carro de flandres, cavalo de pau. Eram os brinquedos que eu fazia escolha E o meu dinheiro Feito de carteira de cigarro e folha Criei canário e concertei gaiola Brinquei de bila, pião e ponteira. Bola de meia, carrapeta e pipa Bornau de saco, pedra e baladeira. Infelizmente mudou o cenário Daquelas cenas que a infancia fez Passou o filme E o tempo não deixa que eu veja outra vez