Jurei não amar ninguém Mas você veio chegando E eu fui chegando também Daí, seu olhar no meu olhar Depois sua mão na minha mão Na toalha de mesa de um bar Você desenhou um coração Quem ama fica cego e nada vê Escuta mil verdades, mas não crê Vê na pessoa amada a imagem pura da bondade Embora seja imagem da maldade Eu vi mil qualidades em você Mas hoje, felizmente, sei porquê É que eu estava cego Estava, sim, não nego Cego de amores por você Ela tem 18 anos Eu vou fazer 56 Carrego os meus desenganos E ela sonha em ser feliz Imaginem vocês Isso pode ser amor Mas pode ser também Tudo ilusão, tudo miragem Ela esta no período sonhador E eu na idade se fazer bobagem Tá aí o samba que você pediu, Marina Tá aí, eu fiz tudo e você desistiu, Marina Tá aí meu amor, toda minha afeição E você vai me matando, pouco a pouco, de paixão Saudade, amor, paixão não se controla Meu bem, meu amor, Marina E a outro Marina vive dando bola Não é possível eu viver assim Marina, você é o princípio do meu fim Sua ilusão entra em campo no estádio vazio Uma torcida de sonhos aplaude, talvez O velho atleta recorda as jogadas felizes Mata a saudade no peito, driblando a emoção Hoje outros craques repetem as suas jogadas Ainda, na rede, balança seu último gol Mas, pela vida impedido, parou E para sempre o jogo acabou Suas pernas cansadas correram pro nada E o time do tempo ganhou O neguinho gostou da filha da madame Que nós tratamos sinhá Senhorita também gostou do neguinho Mas o neguinho não tem dinheiro pra gastar A madame tem preconceito de cor Não pôde evitar esse amor Senhorita foi morar lá na colina Com o neguinho que é compositor Senhorita foi morar lá na colina Com o neguinho que é compositor Chorei Não procurei esconder, todos viram Fingiram pena de mim, não precisava Ali onde eu chorei qualquer um chorava Dar a volta por cima que eu dei quero ver quem dava Um homem de moral não fica no chão Nem quer que mulher lhe venha dar a mão Reconhece a queda e não desanima Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima Reconhece a queda e não desanima Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima Reconhece a queda e não, não, não desanima