Violão, violão
Você foi minha casa na árvore numa outra encarnação
Meu castelo todo de madeira
Que, ao invés de ir pra fogueira, veio parar na minha mão
Violão, violão
Poderia ter sido jangada, ou uma grande embarcação
Eu te toco e você me carrega
Pelo mar onde navega o meu coração, violão
Se não virasse instrumento, seria um cedro de pé
Ou quem sabe, um dueto
Tu Pinóquio, eu Gepeto, Tu arca, e eu Noé
Violão, violão
Com você posso ser, posso escrever o que eu quiser, sem refrão
Porque você conhece a tristeza, a alegria, a certeza da minha canção
Com você volto a ser um menino
Eu começo e termino o verso sem rimar, ou não
Enquanto eu fui Guarani
Violão, tu foi Pau-Brasil
Quando o branco chegou de navio, eu juro, eu te defendi
Em outros tempos vivi sob a tua sombra de pai
E o melhor é que eu sei que em alguns anos vai
Fazer nanar meu guri
Eu e você, violão, vamos sair por aí
Carne e osso, nylon e madeira
De alguma maneira, cumprindo a missão
De levar pra esse mundo carente o amor consciente
A alegria e o perdão
A alegria e o perdão
Eu e você, violão
Eu e você, violão
Eu e você, violão
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