Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Deixo que pra lá da vida Um baque seco, uma ferida Um tempo inteiro fora de medida Toda criação contida Corre num horizonte só Sombras sorriem para o sol Pra admirar também Deixo que pra lá do agora Um começo, ir embora Tudo ocorrerá lá fora Toda vida em uma hora E a cidade, la-ra-da-ren-de-da-ro, pode ser assim cruel ♪ Perde a cor, vai desbotar Meu senhor, um louco sociopata Pra onde for, a dor irá Tiro que sobrou pela culatra E a cidade pode ser assim cruel Vem de lá, veja só De um rasgo na alma Jorrava passado Mais um corpo abandonado Eu já deixei tanto tempo passar E decantar o sofrimento No canto do meu sofrimento E decantar o sofrimento No canto do meu sofrimento E decantar o sofrimento do escárnio ♪ Ah, eu já deixei tanto tempo passar E decantar o sofrimento do escárnio De baixo do meu coração que late Esquenta o sangue em contramão Já crucifiquei meus pensamentos banais Rasguei a carne em mil reais E jamais correndo o risco de endoidar Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Pra onde eu me esqueci por onde vou andar Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Pra onde eu me esqueci por onde vou andar Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Pra onde eu me esqueci por onde vou andar Bem depois do horizonte Se a terra do nunca é longe Pra onde eu me esqueci por onde vou andar