Bota de couro surrada Cheiro de boi ou viola Sonhos guardados na mente Com lábios de doce melaço Pra todo canto que fosse Vivendo da cantoria Muito mais que dinheiro Buscava farra e folia Não quis ser o melhor Sossego trago de longe Não sou louco, poeta Nem sou profeta ou monge Mas viajar, viajei Viajar, viajei Viajar, viajei Em carro de boi litorina E lombo de burro baguá Apeava em porto Esperança E pegava uma barca de tranças Remando pro Pantanal Cantava em festa de Reis Puxando a romaria Cantei ao velho peão Fiz versos pra burguesia E de quando em quando O dono das terras falava Fique, violeiro Pois tem dinheiro e pousada E eu viajar, viajei Viajar, viajei Viajar, viajei Em carro de boi litorina E lombo de burro baguá Apeava em porto Esperança E pegava uma barca de tranças Remando pro Pantanal Cantava em festa de Reis Puxando a romaria Cantei ao velho peão Fiz versos pra burguesia E de quando em quando O dono das terras falava Fique, violeiro Pois tem dinheiro e pousada E eu viajar, viajei Viajar, viajei Viajar, viajei